terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A Importância dos memoriais.

Quando comecei meu estágio em metrologia, em 1981, na Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, costumava registrar tudo o que fazia para lembrar depois. Por que fazia assim? O motivo era a evidente falta de experiência e o tempo que gastava para estudar, entender e executar os experimentos de calibração que realizava. Às vezes uma calibração era repleta de detalhes que, com certeza, teria dificuldade para lembrá-los sem o que denominava de “memorial”.

Naquela época não havia as máquinas digitais para registrar aquelas imagens das montagens que realizávamos. Era tudo a base do desenho a mão ou fotos, muitas vezes ruins pela qualidade dos equipamentos que tínhamos na época.

Aqueles memoriais nos ajudaram a treinar pessoal, pois continham informações preciosas e relevantes para diversos tipos de calibrações. Ajudaram-nos também a comprovar que era importante não confiar na memória humana, mas documentar tudo que era aprendido pela prática e experiência.

Quando resolvemos montar nossos procedimentos de calibração, visando acreditar o laboratório ao Inmetro, tínhamos muitas informações disponíveis para nos ajudar nesse processo.

Esses antigos “memoriais” me ajudaram a criar uma competência fabulosa que me fomenta até hoje nos treinamentos que ministro, bem como nos artigos que escrevo para a revista.

Agradeço a minha teimosia em ser pragmático e desconfiado em não acreditar que um dia iria lembrar de tudo sem a ajuda das minhas valiosas anotações.

Um abraço,

Gilberto Carlos Fidélis

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