quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Confiabilidade Metrológica

Os erros informados nos certificados de calibração devem ser corrigidos durante o uso do instrumento de medição. Se as correções não são realizadas a incerteza do resultado da medição deve ser ampliada conforme recomenda o Guia para Avaliação de Incertezas de Medição (ISO GUM).

Documentos da Qualidade

Ao elaborar documentos da qualidade procure utilizar muitas imagens através de fotos, desenhos, fluxogramas, diagramas, gráficos, etc...Imagens falam por mil palavras o que significa muitas vezes facilitar o entendimento daquilo que se quer comunicar. Além disso, a grande maioria das pessoas prefere a comunicação visual à escrita

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Problema das Falsas Não-Conformidades

Lembro-me de um cliente, um laboratório de calibração, onde uma não conformidade foi registrada pelo auditor técnico e que não era não conformidade. Como resultado o laboratório implantou uma “ação corretiva” realizando as mudanças necessárias para atender e eliminar a ocorrência da não conformidade. A implantação da ação corretiva deu um trabalho imenso ao laboratório, pois envolveu a mudança de uma série de documentos e planilhas eletrônicas. Também envolveu a aquisição de equipamentos, ou seja, uso de recursos financeiros que eventualemente poderiam ser aplicados para outras necessidades.

Deve-se analisar cada não conformidade para avaliar a consistência da mesma. "Falsas não conformidades" geram trabalhos desnecessários e custos para o laboratório e muitas vezes custos elevados. Além disso, devemos ter em mente os custos com pessoal, pois muitas vezes o envolvimento das pessoas para solucionar uma não-conformidade pode ser expressivo, dependendo da complexidade da mesma.

O melhor momento para se detectar uma não-conformidade é na auditoria
interna e quantas mais forem detectadas melhor. Você tem que ter em mente que uma não-conformidade que não é realmente não-conformidade consome tempo e dedicação da equipe sem necessidade.

Muitos clientes já nos contaram de auditores com postura de terrorista quando relataram não-conformidades. Lembramos que para haver uma não-conformidade deve haver um requisito do sistema de gestão da qualidade que não está sendo cumprido. Se você perguntar ao auditor qual o requisito que não está sendo respeitado e o auditor não conseguir te responder, exija que a “não-conformidade” seja revertida para uma melhoria, uma observação. Essa é a regra. Mas cuidado, pois você poderá ouvir do auditor o seguinte: “eu vou continuar a relatar a não-conformidade porque eu continuo achando que é”.

Auditor não pode achar nada. Ele tem é que ter todas as evidências, ou seja, fatos e dados, e clareza do requisito descumprido para assumir a veracidade da existência da não-conformidade. Outros auditores talvez lhe digam: “é uma não conformidade porque o pessoal da outra empresa faz diferente e como eles fazem é melhor”. Ou ainda: “eu sempre fiz diferente de vocês e por isso há a não conformidade. Como eu fazia era melhor”. Auditores destes tipos felizmente estão acabando, estão em extinção, mas ainda há alguns auditando por aí.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Erro de Indicação X Erro Sistemático

Vamos analisar os conceitos:

Erro (de indicação) de um instrumento de medição item 5.20 do VIM): Indicação de um instrumento de medição menos um valor verdadeiro de grandeza de entrada correspondente.

Por exemplo se ao calibrarmos uma balança com uma massa padrão, cujo valor informado no certificado é (50,50 +/- 0,05) g, e a indicação da balança for 51,00 g, podemos afirmar que o ERRO de indicação desta balança é igual a 51,00 menos 50,50, ou seja, que o erro de indicação é de 0,50 g.

Observem que o erro de indicação neste caso é positivo. O que significa este sinal positivo no erro? Significa que na prática a balança indica um valor de 0,50 g a mais do que ela deveria indicar quando a mesma for utilizada para medir uma massa em torno de 50 g. Para determinarmos o valor deste erro utilizamos um padrão que nos forneceu o valor verdadeiro convencional do mensurando. Seria impossível determinarmos o valor do erro de medição desta balança sem a utilização de um padrão, neste caso uma massa padrão.

O erro de indicação de um instrumento de medição vem sido repetidamente denominado de erro sistemático. Vamos analisar o conceito de erro sistemático definido no item 3.14 do VIM:

Erro sistemático (item 3.14 do VIM): Média, que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando.

Observem que o conceito de erro sistemático exige a realização “de um infinito número de medições”. A pergunta é: essa situação é praticável? Alguma vez você já fez uma calibração ou até mesmo uma medição realizando infinitas repetições? Creio que a sua resposta é não. Portanto, na prática o erro sistemático é um termo que devemos evitar.


Observação: O texto acima é parte de um artigo escrito por Gilberto Carlos Fidélis para a Revista Metrologia e Qualidade, publicada pelo CECT. Mais detalahes sobre a revista em http://www.cect.com.br/revistamq.htm

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

As Verificações Intermediárias

As verificações intermediárias entre as calibrações sucessivas devem ser registradas e o objetivo é a manutenção da confiança dos resultados apresentados pelo instrumento de medição. A calibração nos fornece como o instrumento de medição se comporta naquele momento da calibração. Será que passados um, dois ou três meses após a calibração ter sido realizada o instrumento apresenta o mesmo comportamento do momento da calibração? A grande maioria dos instrumentos de medição muda com o tempo. Em outras palavras, os erros de medição do instrumento podem aumentar ou diminuir com o tempo.