quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Calibração Interna

Prezado Gilberto

Tudo bem?

Gilberto estou com uma dúvida:
Temos aqui em nosso Labortório muitas pipetas e balões volumétricos que codificamos e nós mesmos calibramos (usando procedimento adequado, com balannças e termômetros calibrados).
Ocorre que uma consultora de metrologia nos disse que não podemos fazer "nos mesmos" essa calibração, ou seja que o Inmetro exige que se faça através de um laboratório RBC credenciado.
É isso mesmo?
Desculpe o incomodo

Um abraço.

Marcos.

Prezado Marcos,

Essa é uma pergunta que o pessoal sempre me faz.

A Calibração interna é realizada por um laboratório de calibração ou de ensaio fora do seu escopo, ou seja, dos serviços geralmente realizados para os clientes externos, para assegurar a rastreabilidade dos seus serviços realizados.
Como parte dos seus processos de medição, um laboratório de calibração ou de ensaio, pode realizar calibrações internas de seus equipamentos sem estar formalmente acreditado ou certificado como um laboratório de calibração, desde que seja avaliado e considerado competente para tanto, tendo em vista única e exclusivamente a aplicação das referidas calibrações ao escopo para o qual o laboratório presta serviços.

Outras condições para você realizar uma calibração interna:

1. Ter pessoal competente para realizar as calibrações, devidamente treinadas e com conhecimento adequado para realizar o trabalho.

2. Ter padrões adequados. Além da incerteza de medição, destaco mais duas coisas importantes: a resolução do padrão deve ser idealmente 10 vezes melhor do a resolução do instrumento a calibrar. Por exemplo, se a resolução do termômetro a calibrar é de 2ºC, a resolução do padrão deve ser da ordem de 0,2ºC. Se essa relação não for conseguida, 1 para 10, procure pelo menos chegar na relação 1 para 2, ou seja, a resolução do padrão pelo menos a metade da resolução do instrumento a calibrar. Outro aspecto importante é procurar ter padrão e instrumento a calibrar com faixas de indicação muito próximas. Exemplo: calibrar um termômetro de 0 a 100ºC com um padrão também de 0 a 100ºC.

3. Ter infraestrutura adequada para realizar as calibrações.

4. Ter procedimento de calibração documentado e pessoal treinado para executá-lo corretamente.

Portanto, não concordo com a posição da consultora.


Grande abraço,

Gilberto
CECT

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Análise de Certificados de Calibração

Passo abaixo perguntas de um cliente, com as minhas respectivas respostas. Creio ser de interesse de muitos.

Gilberto desculpe incomoda-lo, mas gostaria de contar com a sua ajuda para um esclarecimento.

Pode ser algo simples para o qual não estou me atentando.

Para os equipamentos, quando definimos o critério de aceitação com base na tolerância, tenho aplicado o calculo grosseiro, ou seja, aplicando o fato divisório 3.

A primeira pergunta

De onde surgiu esse fator 3 ? Assim como pode ser aplicado o 5, 10 (este mais seguro) também. Convém usar o fator 10 para todos os equipamentos de laboratórios de ensaio?

R1) Sempre que possível vc deve tentar usar a relação 1:10. Por que isso? A idéia é garantir que a influência do instrumento sobre a aprovação de um produto ou processo seja a menor possível. Sempre corremos o risco de aprovar um produto ruim e reprovar um produto bom por causa da incerteza e dos erros de medição. Quando tomamos a relação incerteza x tolerância de 1:10 esse risco diminui mais ainda será possível aprovar um produto ruim e reprovar um produto bom. Essa relação é a que melhor custo benefício tráz para a empresa. Uma relação do tipo 1:15 pode ser muito caro, pois o equipamento de medição passa a ser caro demais.

A segunda pergunta

Já que se aplica um terço da tolerância como critério de aceitação, toda vez que se compara aos valores citados nos certificados de calibração, o erro somada a incerteza, supera o critério de aceitação, assim, todos os certificados estariam não-conformes. Minha dúvida é se estou esquecendo de algo nessa avaliação, porque a principio tudo que recebo não esta de acordo.

R2) Você está fazendo a análise correta, embora com risco bem grande pois usa a relação 1:3. Se todos os certificados estão não conformes pode haver duas situações:

1) os instrumentos já não foram adequadamente selecionados, ou seja, usaram algum critério não adequado para selecionar o instrumento ou nenhum critério foi usado.

2) o fornecedor de calibração não é adequado pois consegue incertezas na calibração muito altas ou não ajusta os instrumentos para reduzir os erros de medição.

A terceira pergunta

Quando nos deparamos com erros citados nos certificados, o recomendado é corrigir todas as leituras e então registrar nos formulários ou seria seguro dizer que os erros estão na faixa de erro. Exemplo, se monitoro algo entre 20 e 25 graus Celsius e esta faixa cobrir os erros apresentados nos certificados, poderia manter ou devo corrigir?

R3) Não ficou muito claro para mim a questão, mas vou responder. Você sempre tem que ter os registros das medições pois elas são as evidências que o valor medido realmente caiu dentro do intervalo. Vc deve corrigir erros quando estes são significativos na sua medição e deve evidenciar na sua planilha quais os valores não estão corrigidos e quais os valores após a correção. Assim fica bem claro que você corrige erros.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Influência da Aceleração da Gravidade em Competições Esportivas

Entre os numerosos erros que afetam as medidas no campo do esporte, aquele que é mais freqüentemente cometido e que, no entanto, poderia ser mais facilmente corrigido está relacionado com a variação da aceleração da gravidade.

Sabe-se que o alcance de um arremesso, ou de um salto a distância, é inversamente proporcional ao valor de “g”. A aceleração da gravidade “g” varia de um local para outro da Terra, dependendo da latitude e da altitude do local. Então, um atleta que arremessar um dardo, por exemplo, em uma cidade onde o valor de “g” é relativamente pequeno (grandes altitudes e pequenas latitudes) será beneficiado.

Quando um atleta arremessa um dardo, um peso, um disco ou mesmo seu próprio corpo (saltos em altura ou em distância, esses objetos descrevem praticamente trajetórias parabólicas, características do movimento de um projétil. O alcance que o atleta obtém em qualquer um desses lançamentos, é inversamente proporcional ao valor da aceleração da gravidade. Portanto, como era de esperar, em um local onde o valor de “g” é mais elevado, o alcance é menor e reciprocamente.

Por esta razão, um atleta que arremessar um dardo, por exemplo, em uma cidade onde o valor de “g” é relativamente "pequeno" (como na Cidade do México), será beneficiado. Cálculos cuidadosos mostram que as variações de “g” de um local para outro podem acarretar diferenças de até 3 cm no alcance de um arremesso de peso. Uma vez que as medições em competições esportivas internacionais são, atualmente, realizadas com baixa incerteza de medição, uma diferença como a citada pode levar um atleta a receber, injustamente, um título de recordista mundial. Embora as correções necessárias para evitar esse problema possam ser feitas com facilidade, ao que tudo indica elas não costumam ser levadas em conta pelas autoridades competentes.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

3 Dicas

NBR ISO/IEC 17025: Recomenda-se que o manual da qualidade do laboratório tenha a mesma estrutura da NBR ISO/IEC 17025, ou seja, que haja coincidência entre os itens do manual com os itens da norma. Por exemplo, deve haver um item 4.1 no manual que seja denominado de “organização” que corresponde ao item 4.1 “organização” da norma, e assim sucessivamente. Dessa forma fica fácil elaborar o manual, auditá-lo e revisá-lo periodicamente.



Confiabilidade Metrológica: Um dos fatores mais importantes para a confiabilidade dos resultados é a interpretação adequada dos certificados de calibração. Basicamente duas informações são importantes: os valores dos erros de medição ou tendência do instrumento de medição e a incerteza de medição da calibração declarada no certificado. A primeira é importante para a correção de erros e a segunda é fator fundamental para a avaliação da incerteza do resultado de medição.


Confiabilidade Metrológica: Os manuais dos fabricantes trazem informações úteis para a confiabilidade de resultados. É comum os manuais informarem o quanto o comportamento do instrumento de medição se altera com a temperatura ou com o tempo. Estas informações são fundamentais para correção de erros e para a avaliação da incerteza de medição do resultado.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Semana da Qualidade e Metrologia em Processos e Medições Analíticas

Convido todos os associados do CLUBE DA METROLOGIA E QUALIDADE a participarem da Semana da Qualidade e Metrologia em Processos e Medições Analíticas, no periodo de 20 a 22/10/2009, em Campinas/SP.

Disponibilizamos somente 70 vagas no evento, onde serão abordados vários assuntos técnicos, tais como:
- Gestão da Qualidade Laboratorial segundo a NBR ISO/IEC 17025: uma necessidade para a competitividade no mercado nacional e internacional
- Rastreabilidade de medições para caracterização da cor de alimentos
- Importância da Metrologia nas Principais Normas de Certificação de Sistemas de Gestão de Alimentos (abordagem das normas ISO 22000, BRC - Global Standard for Food Safety, HACCP-Codex, e referência a outros esquemas de certificação.
- Calibração, verificação e ajuste: 3 operações fundamentais para a confiabilidade metrológica
- Qualidade da água utilizada em laboratórios analíticos e na indústria alimentícia: requisitos técnicos e legais, equipamentos para obtenção da água desejada
- Balanças e peso padrão: critérios técnicos para aquisição, utilização e manutenção
- ISO 11.133 - Controle da Qualidade de Meios de Cultura
- Boas práticas de utilização de vidrarias em laboratórios de ensaios químico e microbiológico.
- Qualidade de Reagentes Químicos: conceitos, características, manuseio e controle de qualidade
- Critérios técnicos de aceitação de instrumentos de medição e certificado de calibração
- Termômetros para uso em laboratórios de ensaio e indústria de alimentos: tipos, aplicações e critérios técnicos para correta aquisição, utilização e manutenção para a garantia da qualidade analítica.
- Métodos para ajustar a periodicidade de calibração
- Princípios de funcionamento e Controle de Qualidade dos medidores de pH e condutividade

No dia 20/10 teremos a palestra do sr. Gilberto Carlos Fidélis - moderador do Clube da Metrologia e Qualidade e Gerente de Capacitação da CECT, que estará abordando: "Calibração, verificação e ajuste: 3 operações fundamentais para a confiabilidade metrológica".

domingo, 2 de agosto de 2009

Secretário geral da ISO visita o Brasil

Robert Steele, que assumiu o posto em janeiro, terá reuniões na ABNT, no Rio
de Janeiro e em São Paulo.

A elaboração de normas técnicas que contribuam para a sustentabilidade do
planeta está na pauta da visita do secretário geral da Organização
Internacional de Normalização (International Organization for
Standardization - ISO), Robert Steele, ao Brasil, na próxima semana. Ele
participará de reuniões na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
no Rio de Janeiro e em São Paulo.

No dia 3 de agosto (segunda-feira), Steele será recebido às 9h. pelos
dirigentes da ABNT, no Rio de Janeiro (Avenida. Treze de Maio, 13, 28º
andar, Centro) e na sequência fará uma apresentação sobre a importância das
normas técnicas internacionais para a sustentabilidade em seus três
aspectos: econômico, social e ambiental. Em seguida haverá um debate com
representantes de entidades envolvidas no tema. Após o almoço ele visitará
as instalações do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Inmetro).

Já no dia 4 (terça-feira), a agenda do secretário geral da ISO prevê uma
visita à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Depois ele
seguirá para a ABNT (Rua Minas Gerais, 190, Higienópolis), onde também
falará, às 14h30 horas, sobre normas internacionais e sustentabilidade.

A visita de Robert Steele faz parte de várias iniciativas da ABNT para
disseminar as normas técnicas. Convidado, o novo secretário geral da ISO
aceitou a oportunidade de conhecer de perto a realidade da normalização
técnica brasileira, incluindo contatos com organizações chave neste cenário,
caso do Inmetro e da Fiesp.

Robert Steele tem a responsabilidade de conduzir o planejamento estratégico
da ISO para 2011-2015 e deverá colher subsídios para isso durante as rodadas
de debates previstas em sua programação no Brasil.

A ISO - Líder em normalização técnica com relevância global, a ISO tem uma
coleção em torno de 18 mil normas internacionais e registra média de
produção de 100 normas novas ou revisadas por mês. Reúne como membros
organismos de normalização de 175 países - entre eles o Brasil, representado
pela ABNT - e colabora com mais de 700 organizações internacionais e
regionais.

A organização é sempre lembrada por sua série de normas ISO 9000, para
implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade, que soma no Brasil. No
Brasil há cerca de 9.500 empresas certificadas. Em todo o mundo, relatório
referente ao ano de 2007 registra perto de um milhão de certificações. Mas
as preocupações da ISO, hoje, vão muito além, envolvendo temas de forte peso
socioeconômico, como fontes alternativas de energia, mudanças climáticas e
responsabilidade social.

Fonte: Revista Fator - Sao Paulo ,Brazil

sexta-feira, 17 de julho de 2009

ISO 9001 x ISO 17025

No dia 15 deste mês recebi um e-mail de uma pessoa comentando que a ISO 17025 era muito parecida com a ISO 9001. Veja abaixo o meu comentário a respeito:


A NBR ISO/IEC não é tão parecida com a
ISO 9001. Há muitos pontos em comum com relação aos requisitos da direção,
mas na parte de requistos técnicos há muitas diferenças.

Implantar a NBR ISO 17025 é um trabalho tão grande, ou até maior, do que
implantar a NBR ISO 9001.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O erro de Medição e a Incerteza de Medição

A expressão do resultado de uma medição é incompleta a não ser que ela inclua uma declaração da incerteza associada.

A incerteza resultante de uma medição é um parâmetro que caracteriza o espalhamento dos valores que seriam razoavelmente atribuídos à medição. A incerteza estabelece a faixa de valores dentro da qual a medição é estimada ficar, com uma probabilidade de confiança (nível de confiança) estabelecido.

É essencial distinguir o termo erro (em um resultado da medição) do termo incerteza. Erro é a medição resultante menos o valor verdadeiro da quantidade medida. Quando possível, uma correção igual e de sinal oposto ao erro é aplicada ao resultado. Como o valor verdadeiro nunca é conhecido exatamente (pois se o fosse, não haveria necessidade de fazer uma medição), as correções são sempre aproximadas e permanece um erro residual. A incerteza neste erro residual contribui com a incerteza do resultado relatado.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

30 dicas para escrever bem

Não é possível falarmos em qualidade se não escrevemos com cuidado e atenção. Portanto seguem dicas interessantes.

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria. Ninguém merece isso, mesmo que pareça maneiro, valeu?

9. Nunca use palavras de baixo calão, porra! Elas podem transformar o seu texto numa bosta.

10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não tem idéias próprias”.

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca! O seu texto fica horrível!

25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade – e esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo.

29. Outra barbaridade que tu deves evitar é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!

30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar, já que é insuportável o mesmo final escutar o tempo todo sem parar.

Para Auditores Recém Capacitados

Bom... para os auditores recém capacitados, eis algumas "verdades" ditas por
alguns "profissionais" que deverão ser solicitadas as evidências objetivas:


1) ADVOGADO:
- Esse processo é rápido.

2) AMBULANTE:
- Qualquer coisa, volta aqui que a gente troca.

3) ANFITRIÃO:
- Já vai? Ainda é cedo!

4) ANIVERSARIANTE:
- Presente? Sua presença é mais importante...

5) BÊBADO:
- Sei perfeitamente o que estou dizendo.

6) CASAL SEM FILHOS:
- Visite-nos sempre; adoramos suas crianças.

7) CORRETOR DE IMÓVEIS:
- Em 6 meses colocarão: água, luz e telefone.

8)DELEGADO:
- Tomaremos providências.

9) DENTISTA:
- Não vai doer nada.

10) DESILUDIDA:
- Não quero mais saber de homem.

11) DEVEDOR:
- Amanhã, sem falta!

12) ENCANADOR:
- É muita pressão que vem da rua..

13) FILHA DE 17 ANOS:
- Dormi na casa de uma colega..

14) FILHO DE 18 ANOS: -
Antes das 11 estarei de volta.

15) GERENTE DE BANCO:
- Trabalhamos com as taxas mais baixas do mercado.

16) INIMIGO DO MORTO:
- Era um bom sujeito.

17) JOGADOR DE FUTEBOL:
- Vamos continuar trabalhando e forte.

18) LADRÃO:
- Isso aqui foi um homem que me deu.

19) MECÂNICO:
- É o carburador.

20) MUAMBEIRO:
- Tem garantia de fábrica.

21) NAMORADA:
- Pra dizer a verdade, nem beijar eu sei...

22) NAMORADO:
- Você foi a única mulher que eu realmente amei...

23) NOIVO:
- Casaremos o mais breve possível!

24) ORADOR:
- Apenas duas palavras...

25) POBRE:
- Se eu fosse milionário espalhava dinheiro pra todo mundo..

26) RECÉM-CASADO:
- Até que a morte nos separe.

27) SAPATEIRO:
- Depois alarga no pé.

28) SOGRA:
- Em briga de marido e mulher não me meto.

29) VAGABUNDO:
- Há 3 anos que procuro trabalho mas não encontro.

30) VICIADO:
- Essa vai ser a última.

31) VICIADO PEGO NO FLAGRA:
- Estava só segurando pra um amigo...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

ppm e %



A notação "ppm", que significa "partes por milhão", que é equivalente a 10-6, é uma forma de indicar valores relativos, particularmente útil quando estamos na presença de valores bastante pequenos. Embora a tendência atual seja para desaconselhar a utilização deste tipo de notação, a verdade é que ela continua a ser muito utilizada, em particular por fabricantes norte-americanos.

Indica-se aqui a relação entre ppm e percentagem, para alguns valores.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Acreditação Não É Sinônimo de Certificação

Por Gilberto Carlos Fidélis




Acreditação Versus Certificação

É comum escutarmos muitas pessoas falando que o laboratório está certificado ao Inmetro ou que está buscando certificação. O que há de inadequado nesta afirmação? Passaremos a responder esta pergunta a partir dos conceitos de acreditação e certificação.

Acreditação

É de caráter voluntário e representa o reconhecimento formal da competência de um laboratório ou organização para desenvolver tarefas específicas, segundo requisitos estabelecidos.

Certificação

Procedimento pelo qual um organismo imparcial acreditado atesta por escrito que o sistema da qualidade, produto, processo ou serviço está conforme requisitos especificados.

No Brasil o organismo oficial de acreditação é o Inmetro.

O diagrama acima nos ajuda a descrever a diferença entre os dois termos. O Inmetro, dentre as suas várias funções, acredita laboratórios e Organismos de Certificação (OC) através de processos de avaliação que seguem critérios internacionais. Os OC têm a competência reconhecida para realizar a certificação, mas não para acreditar laboratórios.

Se um laboratório implanta um sistema da qualidade segundo a NBR ISO 9001 ele pode solicitar, a um organismo certificador, a sua certificação. Este mesmo laboratório, para solicitar a acreditação ao Inmetro, precisará implantar um sistema da qualidade que atenda a NBR ISO/IEC 17025. É inadequado, portanto, utilizar os dois termos como se fossem sinônimos ou trocá-los. O Inmetro acredita diretamente os laboratórios. A certificação é realizada pelo Organismo Certificador acreditado ao Inmetro ou por um organismo equivalente internacional.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Manutenção X Calibração

Um de nossos cliente fez a seguinte pergunta: "Gostaria de tirar uma dúvida. Quando faço uma manutenção em uma balança (o prestador de serviço é acreditado pelo INMETRO e PADRÕES RASTREADOS POR RBC) quando devo solicitar a calibração? Em quais circunstancias deve solicitar a calibração da mesma?

Resposta: Se a manutenção alterar os resultados da calibração anterior (a última que foi realizada), vocÊ deve solicitar uma nova.

Mas como saber se a manutenção alterou a resposta da balança? O laboratório executante da manutenção pode fazer uma rápida calibração para checar a necessidade de uma outra calibração mais detalhada.

Na dúvida, recomendo recalibrar a balança. Lembre-se que se você não tem a evidência de que os dados da última calibração ainda são válidos, é melhor ser conservador e solicitar uma nova calibração. Confiabilidade de resultados é fundamental.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O que é um decibel?

Em Minas Gerais temos um cliente que está acreditando um laboratório na área ambiental. Um dos serviços a serem prestados por este laboratório é a medição de ruído. E aí nos foi feito a seguinte pergunta: "O que é um decibel?". Boa pergunta, retruquei e fiquei de apresentar a este cliente uma resposta mais elaborada do que apresentei logo após ter me perguntado. Segue abaixo o que encaminhei ao cliente.


O decibel (abrevia-se dB) é a unidade usada para medir a intensidade de um som. O ouvido humano é extremamente sensível: podemos ouvir tudo, desde a ponta do seu dedo passando levemente sobre sua pele até um motor a jato. Em termos de potência, o som do motor a jato é cerca de 1 trilhão de vezes mais potente do que o menor som audível. Essa diferença é enorme!

O som é uma oscilação na pressão do ar (ou de outro meio elástico) capaz de ser percebida pelo ouvido humano. O número de oscilações da pressão do ar por unidade de tempo definem sua freqüência, enquanto que a magnitude da pressão média define a potência e a intensidade sonora. A freqüência é expressa em hertz (ou ciclos/segundo) e a pressão em pascal (ou newtons/m2), enquanto que a potência é a energia emitida pela fonte sonora por unidade de tempo, expressa em joules/s ou W (estamos usando unidades do Sistema Internacional). A intensidade sonora pode ser definida como potência por unidade de área, expressa em watt/m2. Essas escalas para medida de pressão, potência e intensidade das ondas sonoras são escalas lineares.

Contudo, a pressão, a potência e a intensidade dos sons captados pelo ouvido humano cobrem uma ampla faixa de variação.Por exemplo, um murmúrio irradia uma potência de 0.000 000 001 watt enquanto que o grito de uma pessoa comum tem uma potência sonora de cerca de 0.001 watt; uma orquestra sinfônica chega a produzir 10 watts enquanto que um avião a jato emite 100 000 watts de potência ao decolar. Sendo assim, uma escala logarítmica, como o **decibel**, é mais adequada para medida dessas grandezas físicas. Por este motivo, são usadas as seguintes escalas logarítmicas:

Na escala decibel, o menor som audível (quase que silêncio total) é de denominamos de 0 (zero)dB. Um som 10 vezes mais forte tem 10 dB, um som 100 vezes mais forte do que o próximo ao silêncio total tem 20 dB e conseqüentemente, um som mil vezes mais forte do que o próximo ao silêncio total tem 30 dB. Isso ocorre porque a escala decibel é uma escala logarítmica. Aqui vão alguns sons comuns e seus índices de decibéis:

próximo ao silêncio total - 0 dB
um sussurro - 15 dB
conversa normal - 60 dB
uma máquina de cortar grama -90 dB
uma buzina de automóvel - 110 dB
um show de rock ou um motor a jato - 120 dB
um tiro ou um rojão - 140 dB

Você deve saber, por experiência própria, que a distância afeta a intensidade do som: quanto mais longe, mais potência ele perde. Por isso, é bom esclarecer que todos os índices acima foram medidos enquanto se estava próximo ao som.

Qualquer som acima de 85 dB pode causar perda de audição, e a perda depende tanto da potência do som como do período de exposição. Uma boa maneira de saber que se está ouvindo um som de 85 dB, é quando você tem de elevar a voz para outra pessoa conseguir lhe ouvir. Se você se expuser a um som de 90 dB, por 8 horas, pode causar danos aos seus ouvidos; mas se a exposição for a um som de 140 dB, um segundo já é o bastante para causar danos (e chega a causar dor).

Embora o Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) aceite a sua utilização com o sistema SI, ele não é uma unidade do SI. Apesar disso, seguem-se as convenções do SI, e a letra d é grafada em minúscula por corresponder ao prefixo deci- do SI, e B é grafado em maiúsculo pois é uma abreviatura (e não abreviação) da unidade bel que é derivada de nome Alexander Graham Bell. Como o bel é uma medida muito grande para uso diário, o decibel (dB), que corresponde a um décimo de bel (B), acabou se tornando a medida de uso mais comum.

Decibels ou decibéis?

Esta é uma dúvida que muitas pessoas têm. Segundo o "Novo Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa" (2a. edição Revista e Atualizada), o plural de bel é bels, enquanto para o plural de decibel as duas formas são corretas: decibels e decibéis.

Entretanto, no Brasil, o Decreto Federal No. 81.621 de 03/05/1978 (Anexo 3.2), sobre o Quadro Geral de Unidades de Medidas, estabelece que a forma legal do plural de decibel é decibels.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Importância da Melhoria Contínua


Por Gilberto Carlos Fidélis

As normas de Gestão da Qualidade, como ISO 9001 e ISO 17025, tem cada uma delas, uma seção, curta, mas importante sobre a Melhoria Contínua. Todos nós buscamos, de uma forma ou de outra, nos aprimorarmos continuamente. É o velho ditado sempre vale: hoje está bom, mas amanhã pode não mais estar.

Mas o que é Melhoria Contínua? Segunda a NBR ISO 9000 é atividade regular para aumentar a capacidade de atender requisitos. Complicou? Você pode pensar aqui em algumas coisas:


- É uma atividade regular e, portanto deve ser planejada e cuidadosamente estruturada, pensada e planejada. Também deve estar sendo realizada constantemente e não apenas quando surgem problemas ou não conformidades. Como cita a próprio ISO 9000 o processo (3.4.1) de estabelecer objetivos e identificar oportunidades para melhoria é um processo contínuo, através do uso das constatações da auditoria e conclusões da auditoria, análise de dados, análises críticas pela Direção, ou outros meios e geralmente conduz à ação corretiva ou ação preventiva.

- Aumentar a capacidade de atender requisitos, isto é, realmente deve colaborar para redução de problemas e do número de não conformidades com o tempo. Se o sistema de gestão se torna melhor, obrigatoriamente o número de não conformidades deve ser reduzido a quase zero. E por que não zero? Por causa do fator humano. Não podemos esquecer que não somos perfeitos e que colaboramos, mesmo que de foram negativa, com as atividades sendo executadas.

O objetivo da melhoria contínua de um sistema de gestão da qualidade é aumentar a probabilidade de melhorar a satisfação dos clientes e de outras partes interessadas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

ISO/IEC 17025 – Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração

O grande diferencial desta norma é a exigência clara da competência do pessoal do laboratório, seja para realizar atividades gerenciais ou técnicas.

Podemos ainda destacar sobre a A NBR ISO/IEC 17025:

a) constitui uma base universal para o estabelecimento e desenvolvimento dos sistemas da qualidade (SGQ)em laboratórios: É o passaporte para a acreditação do laboratório ao Inmetro. Não são acreditados laboratórios com outros tipos de SGQ. Por exemplo, se um laboratório tem implementado a NBR ISO 9001, este será obrigado a implantar a NBR ISO/IEC 17025. Não tem outro caminho. Ter implementado a NBR ISO 9001 ajuda, mas não substitui a necessidade de implementar a NBR ISO/IEC 17025.

b) permitem uma linguagem comum entre clientes e fornecedores: Os requisitos estão bem definidos e o cliente pode, conhecendo estes requisitos, cobrar do laboratório o atendimento pleno dos seus direitos de reclamar, entender o conteúdo dos certificados de calibração e relatórios de ensaios, acompanhar uma calibração ou ensaio, desde que acordado com o laboratório, exigir o que foi colocado em contrato para a execução do serviço, entre outros.

c) são sugeridas ou impostas por clientes: Tenho sempre comentado que os laboratórios que não implantarem essa norma nos próximos anos vão ter problemas sérios para sobreviverem. Os SGQ são fundamentais em laboratórios como uma forma de evidenciar a sua competência e a maioria das empresas sabem disso. Alguns anos atrás, ter implantado a ISO 9001 ajudava a vender serviços de metrologia. Hoje não mais. Atualmente os compradores dos serviços sabem que o sistema de gestão adequado aos laboratórios é aquele definido pela NBR ISO/IEC 17025.

d) dão uma imagem externa de empresa organizada: Implantar um SGQ é, na prática, organizar a empresa/laboratório. Não me recordo de um laboratório que não ratificou essa informação ao final da implantação da norma.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Vigilância Sanitária multa médicos por letra ilegível em receita

A norma NBR ISO/IEC 17025 exige que os registros sejam todos legíveis.

A Anvisa tá levando isso a sério. Leia a reportagem abaixo.

Órgão multou três profissionais no valor de R$ 2 mil cada, mais advertência. Médicos terão prazo de 15 dias para apresentar defesa por escrito

A Vigilância Sanitária de Londrina multou nesta semana três médicos que atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) por redigirem receitas com letras ilegíveis. Segundo o coordenador da Vigilância, Rogério Lampe, a multa para cada profissional é de R$ 2 mil e os médicos têm o prazo de 15 dias para apresentar defesa por escrito, a partir da segunda-feira (11). Os profissionais também receberam uma advertência do órgão.

De acordo com Lampe, nos primeiros quatro meses de 2009 a Vigilância recebeu aproximadamente 30 reclamações de pacientes e de farmácias, que não conseguiram entender a letra nas receitas. Dos médicos multados, um foi denunciado pelo próprio serviço municipal de saúde, outro por um paciente e o terceiro por uma farmácia. "Tivemos um aumento significativo das reclamações e de dúvidas na hora da comercializaçã o dos medicamentos, pois nem os farmacêuticos estão entendendo as letras dos médicos e acabam ligando para a Vigilância. No entanto, de todas as reclamações, recebemos apenas três receitas, que serviram de base para autuação", explicou.

O coordenador relata que um dos médicos multados alegou, verbalmente, que a letra ilegível nas receitas se deve ao fato dos pacientes do SUS não saberem ler, por isso não merecem uma letra legível. "É inadmissível que um profissional de medicina fale desta forma, pois ele está colocando em risco a saúde dos pacientes, uma vez que doses erradas podem ser ingeridas", comentou.

De acordo com Lampe, este caso específico será encaminhado para o Conselho Regional de Medicina (CRM), para que o médico possa ser punido. "Ao tomar uma atitude desta, este médico feriu a ética profissional" , disse.

Para realizar as autuações, o coordenador da Vigilância disse que foram levadas em consideração duas leis que regulamentam a prescrição de receitas no Brasil: a Lei 599 de 1977 para medicamentos considerados de linha geral e a Portaria 344 de 1998 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para medicamentos controlados. "Com essa atitude, os médicos estão afrontando a legislação e o usuário. E os casos das autuações têm o agravante de todas as receitas serem de medicamentos controlados, o que aumenta o risco para a saúde do paciente", afirma.

Lampe ressaltou que as fiscalizações serão intensificadas e as pessoas que quiserem denunciar novos casos devem levar a receita até a Vigilância. "Para multarmos precisamos das receitas. Por isso, quem quiser denunciar esta prática deve encaminhar a receita para a Vigilância, que tomaremos as medidas cabíveis", disse.

Segundo o coordenador em caso de reincidência as multas passam para R$ 4 mil, além dos casos serem encaminhados para o Ministério Público (MP), por colocar a saúde pública em risco.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Cube da Metrologia e Qualidade




O Centro de Educação, Consultoria e Treinamento – CECT, referência nacional na Capacitação em Metrologia e Sistemas de Gestão da Qualidade, desenvolveu mais um serviço muito interessante para você: o Clube da Metrologia e Qualidade – CECT

O objetivo do Clube é permitir a troca de informações, experiências e conhecimentos entre profissionais e especialistas da área de metrologia e qualidade.

Veja na figura os benefícios para você ao se tornar membro deste Clube.


Solicite a sua associação ao Clube da Metrologia e Qualidade investindo apenas R$ 68,00/ano.

Esta é uma grande oportunidade para o seu desenvolvimento profissional.

Cordialmente,


Gilberto Carlos Fidélis

Moderador do Clube Metrologia e Qualidade – CECT

cect.com.br

48 3234 3920

48 9977 2827

Dicas sobre o Sistema Internacional de Unidades

Os símbolos das unidades começam com letra maiúscula quando se trata de nome próprio (por exemplo, ampere, A; kelvin, K; hertz, Hz; coulomb, C). Nos outros casos eles sempre começam com letra minúscula (por exemplo, metro, m; segundo, s; mol, mol). O símbolo do litro é uma exceção: pode-se usar uma letra minúscula ou uma letra maiúscula, L. Neste caso a letra maiúscula é usada para evitar confusão entre a letra minúscula l e o número um (1).

Deixa-se sempre um espaço entre o número e a unidade. Exemplo: A velocidade de uma bicicleta é aproximadamente v = 5,0 m/s = 18 km/h.

Os símbolos das unidades nunca são seguidos por um ponto (exceto no final de uma sentença) nem por um “s” para formar o plural.

Quando o nome de uma unidade é escrito por extenso, deve começar com letra minúscula (exceto no início de uma sentença), para distinguir o nome da unidade do nome da pessoa.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Benefícios do CEP

Tenho recebido alguns e-mails de pessoas me perguntando se o CEP é realmente uma ferramenta que trás benéficos às empresas.

O CEP é caracterizado pelo uso de cartas de controle, que são ferramentas visuais de acompanhamento das características da qualidade a serem controladas. Esses gráficos ajudam a identificar as variações por causas especiais no meio do ruído gerado pelo sistema de causas comuns.

Como alguns benefícios das cartas de controle quando usadas adequadamente podem ser destacados:

- A utilidade prestada aos operadores para o controle contínuo de um processo;

- A ajuda ao processo para produzir de forma consistente e previsível, em qualidade e custo;

- A ajuda para que o processo alcance maior capacidade;

- O fornecimento de uma linguagem comum para a discussão do desempenho do processo;

- A distinção feita entre causas especiais de variação das comuns, como um guia para ações locais ou sobre o sistema.

Portanto, o Controle Estatístico de Processos é utilizado como uma ferramenta de retorno para o processo de fabricação, resultando em dados que poderão ser avaliados e traduzidos como ações de melhoria contínua do processo.

Na metrologia, a grande aplicação tem sido para avaliar a estabilidade do processo de medição com o tempo.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Considerações Sobre as Auditorias

As auditorias podem ser de sistema, de processo e de produto. Vamos nos ater aos aspectos das auditorias de sistema de gestão da qualidade, em virtude do interesse em se garantir a eficácia do sistema em relação à políticas, diretrizes e objetivos, mesmo que seus princípios sejam aplicáveis aos outros tipos de auditoria, guardadas as devidas proporções.

Na ISO 9001, a importância e complexidade da atividade de auditoria interna ficam evidenciadas através do sub-item 3.9 “Termos relacionados à auditoria”, que foram preparados em data anterior à publicação da norma ISO 19011.

A ISO 19011 trata de forma específica o tema de auditoria de sistemas de gestão da qualidade e auditoria ambiental tanto em seu caráter externo à organização quanto de caráter interno. Ela apresenta requisitos que devem ser cumpridos quanto ao processo de gestão de auditoria, ao processo de execução das atividades de auditoria, quanto ao perfil, educação, treinamento e experiência dos auditores e aos processos de avaliação do auditor.

Na ISO 14001 as auditorias são tratadas como um requisito que “a organização deve estabelecer e manter programa(s) e procedimentos para auditorias periódicas” no item 4.5.4.

Na ISO/IEC 17025, as auditorias são tratadas no item 4.14, com a seguinte redação: O laboratório deve, periodicamente e de acordo com um cronograma e um procedimento predeterminados, realizar auditorias internas de suas atividades para verificar se suas operações continuam a atender os requisitos do sistema da qualidade e desta Norma.

A implantação de um Sistema de Qualificação de Auditores Internos que considere a competência necessária dos auditores para processos específicos visa garantir à direção que disponha dos mecanismos necessários e adequados para que seus auditores internos adquiram as Competências Técnicas, Humanas e Políticas necessárias. As competências necessárias estão relacionadas a quem desenvolverá um trabalho de avaliar se o Sistema de Gestão atingiu o nível de eficácia desejado pela direção.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Controle Estatístico de Processo (CEP) e a Qualidade de Produtos

Walter Shewhart começou a colocar em prática nas fábricas alguns conceitos básicos em Estatística e Metodologia Científica na década de 1930 nos Estados Unidos. Ele foi o pioneiro da área de Controle Estatístico de Processo (CEP).
Hoje em dia, não há fábrica no mundo que não aplica pelo menos algumas ferramentas
simples de CEP para a melhoria dos processos industriais. A sua utilização pode melhorar os processos da fábrica continuamente no sentido de reduzir custos e elaborar produto de melhor qualidade1. A percepção extraordinária do Shewhart é de que a qualidade e a variabilidade são conceitos antagônicos no sentido de que onde tem muito de um terá necessariamente pouco do outro. Esta idéia funciona para ambos os processos e produtos. Uma tarefa dentro de um processo que leva um período de tempo irregular para completar pode causar tanta confusão na linha de produção como a
irregularidade das medidas de uma peça, uma hora saindo grande demais e outra hora pequena demais. Foi assim que Shewhart entendeu que medindo, analisando e monitorando
variabilidade é o campo do estudo estatístico, e que, através de aplicações de Estatística na fábrica, processos e produtos poderiam chegar a melhores níveis de qualidade. Por melhores níveis de qualidade, isso significa menor variabilidade em medidas do processo e do produto e mais exatidão em alcançar metas e alvos.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Metrologia no Contexto dos Sistemas de Gestão da Qualidade

Observamos muitos audidores preocupados em avaliar se as empresas tem instrumentos calibrados ou não e muitas vezes a qualidade do certificado de calibração e da competência do pessoal da empresa na aplicação correta da metrologia não é avaliada.
Como resultado, a metrologia nas empresas não evolue. Creio que os auditores não avaliam a metrologia nas empresas porque muitos dos auditores não entendem de metrologia. Esse pode ser um problema nas auditorias ISO 9001 e 14001.

MAs a metrologia tem um papel muito importante no desenvolviemnto das empresas e na qualidade final dos produtos. Muito se fala a respeito, mas pouco se escreve.

Creio que há muito a se falar.

Um dos nossos leitores solicitou exemplos da imporatância estratégica da metrologia nas empresas, na área ambiental e de segurança. Eis alguns casos:

- Qualidade nas empresas, de produtos: como falar em qualidade sem uma
metrologia adequada? Qual a importância de uma metrologia forte para as empresas? Como poderia se produzir e vender produtos sem avaliar a qualidade dos mesmos?

Como se avalia a qualidade dos produtos? Medindo as características dos produtos que são fundamentais para a sua avaliação de conformidade (produto bom ou ruim)
etc...Como garantir que estes saem conforme da empresa? Medindo
corretamente? Como medir Corretamente? Tendo a metrologia como uma área
estratégica, para o próprio desenvolvimento do produto, etc...

Na área de segurança: como garantir que um cinto de segurança de um carro
não vai romper na freada e a pessoa vai ser lançada para fora do carro? Os
cintos precisam ser ensaiados com confiabilidade. Se os ensaios não forem
adequados pessoas podem morrer. O que acontece se um preservativo masculino
é poroso demais? Mulheres ficarão grávidas sem desejarem a gravidez. O que
acontece se um pneu não resistir a uma freada brusca? pessoas morrem. Quem
aprovou aquele pneu? Alguma empresa que eventualmente fez o ensaio do pneu, e de forma inadequada.

Na área ambiental, como provar que uma água é realmente potável? Que a
quantidade de alunínio presente nela é adequada? Como garantir que a cidade
de Vitória não está sendo poluída pelas empresas? A partir de medições
confiáveis do nível de poeira em suspensão no ar. Etc...

Em todas essas áreas tem associado uma série de medições. Portanto a
metrologia deve ser fundamental na implantação dos sistemas de gestao da
qualidade. Vejam que envolve qualidade, no caso qualidade também dos
resultados das medições, etc...

terça-feira, 31 de março de 2009

Influência da Aceleração da Gravidade em Competições Esportivas

Entre os numerosos erros que afetam as medidas no campo do esporte, aquele que é mais freqüentemente come¬tido e que, no entanto, poderia ser mais facilmente corrigido está relacionado com a variação da aceleração da gravidade.

Sabe-se que o alcance de um arremesso, ou de um salto a distância, é inver¬samente proporcional ao valor de “g”. A aceleração da gravidade “g” varia de um local para outro da Terra, dependendo da latitude e da altitude do local. Então, um atleta que arremessar um dardo, por exemplo, em uma cidade onde o valor de “g” é relativamente pequeno (grandes altitudes e pequenas latitudes) será beneficiado.

Para dar uma idéia da importância destas considerações, um arremesso cujo alcance seja 16,75 m em Boston constituiria, na realidade, melhor resultado do que um alcance de 16,78 m na Cidade do México. Isto em virtude de ser o valor da aceleração da gravidade, na Cidade do México, menor do que em Boston.

Quando um atleta arremessa um dardo, um peso, um disco ou mesmo seu próprio corpo (saltos em altura ou em distância), esses objetos descrevem praticamente trajetórias parabólicas, características do movimento de um projétil. O alcance que o atleta obtém em qualquer um desses lançamentos, é inversamente proporcional ao valor da aceleração da gravidade. Portanto, como era de esperar, em um local onde o valor de “g” é mais elevado, o alcance é menor e reciprocamente.

Por esta razão, um atleta que arremessar um dardo, por exemplo, em uma cidade onde o valor de “g” é relativamente pequeno (como na Cidade do México), será beneficiado. Cálculos cuidadosos mostram que as variações de “g” de um local para outro podem acarretar diferenças de até 3 cm no alcance de um arremesso de peso. Uma vez que as medições em competições esportivas internacionais são, atualmente, realizadas com baixa incerteza de medição, uma diferença como a citada pode levar um atleta a receber, injustamente, um título de recordista mundial. Embora as correções necessárias para evitar esse problema possam ser feitas com facilidade, ao que tudo indica elas não costumam ser levadas em conta pelas autoridades competentes.

terça-feira, 24 de março de 2009

Grau Celsius ou grau centígrado?

Recentemente, num dos cursos que ministramos, um participante nos perguntou sobre o uso do grau centígrado. A questão do aluno era: "Podemos ou não utilizar o grau centígrado?".

A designação “grau centígrado” não existe no SI. Esse nome foi rejeitado pelo CIPM - Comite Internacional de Pesos e Medidas e pela CGPM - Conferência Geral de Pesos e Medidas em 1948.

E o grau Celsius e o kelvin? Uma variação de temperatura na unidade “grau Celsius” é igual à variação de temperatura na unidade “kelvin”. No entanto, o valor numérico de uma grandeza expressa em ºC difere do valor numérico da mesma grandeza quando expressa em K porque o início da escala K é inferior de 273,15 ao início da escala ºC (por exemplo, a temperatura de 20ºC equivale a 293,15 K). Deste modo, um intervalo ou uma diferença de temperaturas exprimem-se pelo mesmo número, quer em ºC, quer em K. Ou seja, uma diferença de 10ºC é igual a uma diferença de 10 K.

Tanto o grau Celsius como o kelnin são aceitos pelo Sistema Internacional de Unidades. Popularmente o grau Celsius é mais utilizado devido a facilidade de trabalharmos e de interpretarmos os seus valores.

ppm e %

A notação “ppm”, que significa “partes por milhão”, é uma forma de indicar valores
relativos, particularmente útil quando estamos na presença de valores bastante
pequenos. Embora a tendência atual seja para desaconselhar a utilização deste
tipo de notação, a verdade é que ela continua a ser muito utilizada, em particular por
fabricantes norte-americanos.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Métodos Normalizados

Se o laboratório utiliza um método normalizado é esperado que ele demonstre capacidade em aplicar o método adequadamente. O laboratório deve apenas demonstrar que pode realizar o método de forma adequada como definido nas especificações da norma técnica, isto é, se possui todos os equipamentos e rastreabilidade metrológica adequados, condições ambientais necessárias e pessoal devidamente competente para realizar o método e cumprir com todas as exigências normativa.

quinta-feira, 12 de março de 2009

NBR ISO/IEC 17025

Se um laboratório quer implantar um sistema da qualidade, segundo a NBR ISO/IEC 17025, ele deverá dominar a metrologia. Essa é uma grande dificuldade inicial para muitos laboratórios. A equipe técnica deve ser competente em metrologia para os serviços que realiza.

Calibração

Calibração ainda é freqüentemente entendida como “ajustar o instrumento para minimizar erros de medição”. Isto não é verdade. Calibração e ajuste são conceitos diferentes e não podem ser confundidos. Ter um instrumento de medição calibrado não significa que os resultados apresentados pelo mesmo estão isentos de erros.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Curiosidades

em 1932 o engenheiro eletrônico Ernst August Friedrich Ruska constrói o primeiro microscópio eletrônico, instrumento em que um feixe de elétrons acelerados é convenientemente focalizado por meio de lentes eletrônicas para formar numa tela uma imagem muito ampliada de um objeto microscópico sob observação

quarta-feira, 4 de março de 2009

De novo Precisão

Respondi a um e-mail de um dos visitantes deste blog. Pedaços do que escrevi e as respostas enviadas para ele sobre o termo Precisão repasso a seguir:

Desde quando comecei a trabalhar com metrologia, em 1981, aprendi e passei a
não recomendar o uso do termo precisão. O primeiro curso que fiz de
metrologia foi com um professor alemão que era enfático e contrário ao uso
do termo.

A precisão está associada a dispersão dos resultados de
uma medição. No entanto, é um termo qualitativo. Infelizmente o novo
vocabulário de Metrologia (VIM), apresenta um conceito para incerteza como sendo basicamente o desvio padrão dos resultados das medições. Creio que haja uma grande influência da área de química neste caso, pois a química sempre, em normas técnicas, defenderam e utilizaram o termo precisão dessa forma.

O termo que melhor representa a dispersão dos resultados é a incerteza de
medição, que não pode ser associada apenas ao instrumento de medição. O
correto é falarmos em incerteza do processo de calibração, que é aquela
incerteza reportada no próprio certificado de calibração do instrumento. Há
ainda a incerteza de medição do processo de medição, que são aquelas que
surgem quando empregamos um instrumento de medição para uso em uma medição.


Seguem respostas para as perguntas:

P1: Assim, se tenho uma coleção de medidas, de uma mesma grandeza efetuadas sob
as mesmas condições, com baixa dispersão, tenho uma "medida precisa" ou um
"instrumento preciso", ou ambos?

R1: O melhor é utilizar o termo medição com precisão, pois a dispersão não é
só culpa do instrumento de medição. Há uma parcela do ambiente, outra do
operador, outra da grandeza que estamos medindo que pode não ser constante
ou estável durante as medições, entre outras.


P2: Da definição acima segue que a precisão de um instrumento é habilidade de
indicar/apresentar/mostrar resultados repetidos para a medida de uma mesma
grandeza, sob as mesmas condições (?).

R2: O instrumento de medição contribui para a dispersão dos resultados. Se
você conseguir, o que é praticamente impossível, manter as demais
influências citadas acima constantes ou sem prejudicar a tua medição, você
conseguiria avaliar a incerteza do instrumento de medição. Como citado, isso
é impossível na prática. Portanto falamos em incerteza da calibração do
instrumento. Pelo novo VIM você pode determinar a precisão calculando o
desvio padrão dos resultados. Esta será uma componente para chegarmos na
incerteza da calibração.

P3: Então, Se formos medir a grandeza altura de uma lata de refrigerante com uma
régua graduada em decímetros poderíamos obter os seguintes valores:
(incerteza do instrumento 0,5 dm)

1,2 dm; 1,2 dm; 1,1 dm; 1,2 dm; 1,2 dm

Com uma régua graduada em centímetros as medidas poderiam ser: (incerteza do
instrumento 0,5 cm)

12,2 cm; 12,1 cm; 12,2 cm; 12,2 cm; 12,2 cm

E com uma régua graduada em milímetros os valores seriam: (incerteza do
instrumento 0,5 mm)

122,0 mm; 122,0 mm; 122,0 mm; 122,0 mm; 122,1 mm

Os três instrumentos forneceram medidas pouco discordantes, com baixa
dispersão. Ou seja, os três instrumentos são precisos(?). Não se pode dizer
qual é mais preciso(?), ou o mais preciso é aquele que fornece mais
algarismos significativos?

R3: Na prática o que você fez foi melhorar a resolução de medição, pois os
instrumentos tem resolução diferentes. Quanto pior a resolução (maior o seu
valor numericamente, como o caso do instrumento 1) melhor será a
repetitividade dos resultados, ou seja, a precisão. O que não significa que
o resultado da medição será melhor. Na prática, a incerteza do resultado do
instrumento 1, será maior numericamente do que a do instrumento 2 e do 3,
isto é a incerteza do resultado será pior com o instrumento 1, embora a
precião possa ser melhor. A incerteza de medição depende da resolução.
Quanto maior numericamente a resolução maior será numericamente a incerteza.
Precisão e incerteza não tem relação com algarismos significativos. A
incerteza nã deve ser expressa com mais de dois algarismos significativos.
Eu particularmente prefiro usar só um algarismo significativo.

exemplo de resultado relatado de forma inadequada: altura de uma lata de
refrigerante = (12,20 ± 0,10303030302) mm. O certo é (12,20 ± 0,10) mm, com
dois algarismo sigficativos e o número de casas após a vírgula compatíveis.

Exemplo altura de uma lata de refrigerante = (12,2 ± 0,10303030302) mm.
Neste caso a resolução do instrumento permite medir apenas uma casa após a
vírgula, então o resultado deve ser (12,2 ± 0,1) mm.


P4: Pode-se avaliar a precisão de um instrumento pelo número de alg. sig. que
ele fornece ou é necessário efetuar uma série de medições para de determinar
sua precisão?

R4: Precisão e incerteza tem relação com dispersão dos resultado e não com
alagarismos significativos.

P5: Baseado em quais critérios pode-se dizer que uma régua graduada em
milímetros é mais precisa do que outra graduada em decímetros? Ou não se
pode dizer tal coisa. Ou ainda, essa informação só pode ser fornecidade pelo
fabricante que calibrou a régua contra algum padrão? Ou mais ainda ainda,
não se pode se pode usar a palavra PRECISÃO em nenhum do casos anteriores,
ficando a mesma restrita ao sinônimo de necessidade?

R5: A graduação melhor apenas melhora a resolução, mas como a precisão não
tem relaçao com resolução, não podemos dizer que uma é mais precisa que a
outra.

P6: O que distingue esses instrumentos é a resolução, sensibilidade ou acurácia?

R6: A resolução. Procure não usar a palavra acurácia. Não está no VIM.
Sensibilidade é outra coisa e as vezes usada de forma inadequada e como
sinônimos de resolução. Mas não são iguais.

P7: Resolução: A menor diferença entre dois valores que um instrumento pode
registrar?

R7: Sim, resolução é isso.

P8: Sensibilidade: O menor valor que um instrumento pode registrar?

R8: Não.

Sensibilidade é Variação da resposta de um instrumento de medição dividida
pela correspondente variação do estímulo (veja o VIM).

P9: Acurácia: Concordância entre o valor registrado pelo instrumento e o valor
verdadeiro da grandeza ou aquele considerado como verdadeiro?

R9: Não, isso é exatidão.

P10: Considerando as medidas acima, quanto maior quantidade de algarismos
significativos que o instrumento fornece mais próximo do valor verdadeiro
estará a medida (no entanto nunca se chegará ao valor verdadeiro, de fato!)?

R10: Não. O que vai garantir que o resultado apresentado pelo isntrumento de
medição está próximo do valor verdadeiro é o erro associado a essa medição.
Quanto maior o erro de medição, mais afastado do valor verdadeiro estará o
resultado.


Esses conceitos trabalhamos na nossa revista, chamada Metrologia e
Qualidade. O CECT pode vender as edições publicadas, até agora 16, que tenho
certeza vão lhe ajudar muito.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Confiabilidade Metrológica

Os erros informados nos certificados de calibração devem ser corrigidos durante o uso do instrumento de medição. Se as correções não são realizadas a incerteza do resultado da medição deve ser ampliada conforme recomenda o Guia para Avaliação de Incertezas de Medição (ISO GUM).

Documentos da Qualidade

Ao elaborar documentos da qualidade procure utilizar muitas imagens através de fotos, desenhos, fluxogramas, diagramas, gráficos, etc...Imagens falam por mil palavras o que significa muitas vezes facilitar o entendimento daquilo que se quer comunicar. Além disso, a grande maioria das pessoas prefere a comunicação visual à escrita

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Problema das Falsas Não-Conformidades

Lembro-me de um cliente, um laboratório de calibração, onde uma não conformidade foi registrada pelo auditor técnico e que não era não conformidade. Como resultado o laboratório implantou uma “ação corretiva” realizando as mudanças necessárias para atender e eliminar a ocorrência da não conformidade. A implantação da ação corretiva deu um trabalho imenso ao laboratório, pois envolveu a mudança de uma série de documentos e planilhas eletrônicas. Também envolveu a aquisição de equipamentos, ou seja, uso de recursos financeiros que eventualemente poderiam ser aplicados para outras necessidades.

Deve-se analisar cada não conformidade para avaliar a consistência da mesma. "Falsas não conformidades" geram trabalhos desnecessários e custos para o laboratório e muitas vezes custos elevados. Além disso, devemos ter em mente os custos com pessoal, pois muitas vezes o envolvimento das pessoas para solucionar uma não-conformidade pode ser expressivo, dependendo da complexidade da mesma.

O melhor momento para se detectar uma não-conformidade é na auditoria
interna e quantas mais forem detectadas melhor. Você tem que ter em mente que uma não-conformidade que não é realmente não-conformidade consome tempo e dedicação da equipe sem necessidade.

Muitos clientes já nos contaram de auditores com postura de terrorista quando relataram não-conformidades. Lembramos que para haver uma não-conformidade deve haver um requisito do sistema de gestão da qualidade que não está sendo cumprido. Se você perguntar ao auditor qual o requisito que não está sendo respeitado e o auditor não conseguir te responder, exija que a “não-conformidade” seja revertida para uma melhoria, uma observação. Essa é a regra. Mas cuidado, pois você poderá ouvir do auditor o seguinte: “eu vou continuar a relatar a não-conformidade porque eu continuo achando que é”.

Auditor não pode achar nada. Ele tem é que ter todas as evidências, ou seja, fatos e dados, e clareza do requisito descumprido para assumir a veracidade da existência da não-conformidade. Outros auditores talvez lhe digam: “é uma não conformidade porque o pessoal da outra empresa faz diferente e como eles fazem é melhor”. Ou ainda: “eu sempre fiz diferente de vocês e por isso há a não conformidade. Como eu fazia era melhor”. Auditores destes tipos felizmente estão acabando, estão em extinção, mas ainda há alguns auditando por aí.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Erro de Indicação X Erro Sistemático

Vamos analisar os conceitos:

Erro (de indicação) de um instrumento de medição item 5.20 do VIM): Indicação de um instrumento de medição menos um valor verdadeiro de grandeza de entrada correspondente.

Por exemplo se ao calibrarmos uma balança com uma massa padrão, cujo valor informado no certificado é (50,50 +/- 0,05) g, e a indicação da balança for 51,00 g, podemos afirmar que o ERRO de indicação desta balança é igual a 51,00 menos 50,50, ou seja, que o erro de indicação é de 0,50 g.

Observem que o erro de indicação neste caso é positivo. O que significa este sinal positivo no erro? Significa que na prática a balança indica um valor de 0,50 g a mais do que ela deveria indicar quando a mesma for utilizada para medir uma massa em torno de 50 g. Para determinarmos o valor deste erro utilizamos um padrão que nos forneceu o valor verdadeiro convencional do mensurando. Seria impossível determinarmos o valor do erro de medição desta balança sem a utilização de um padrão, neste caso uma massa padrão.

O erro de indicação de um instrumento de medição vem sido repetidamente denominado de erro sistemático. Vamos analisar o conceito de erro sistemático definido no item 3.14 do VIM:

Erro sistemático (item 3.14 do VIM): Média, que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando.

Observem que o conceito de erro sistemático exige a realização “de um infinito número de medições”. A pergunta é: essa situação é praticável? Alguma vez você já fez uma calibração ou até mesmo uma medição realizando infinitas repetições? Creio que a sua resposta é não. Portanto, na prática o erro sistemático é um termo que devemos evitar.


Observação: O texto acima é parte de um artigo escrito por Gilberto Carlos Fidélis para a Revista Metrologia e Qualidade, publicada pelo CECT. Mais detalahes sobre a revista em http://www.cect.com.br/revistamq.htm

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

As Verificações Intermediárias

As verificações intermediárias entre as calibrações sucessivas devem ser registradas e o objetivo é a manutenção da confiança dos resultados apresentados pelo instrumento de medição. A calibração nos fornece como o instrumento de medição se comporta naquele momento da calibração. Será que passados um, dois ou três meses após a calibração ter sido realizada o instrumento apresenta o mesmo comportamento do momento da calibração? A grande maioria dos instrumentos de medição muda com o tempo. Em outras palavras, os erros de medição do instrumento podem aumentar ou diminuir com o tempo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A Importância dos memoriais.

Quando comecei meu estágio em metrologia, em 1981, na Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, costumava registrar tudo o que fazia para lembrar depois. Por que fazia assim? O motivo era a evidente falta de experiência e o tempo que gastava para estudar, entender e executar os experimentos de calibração que realizava. Às vezes uma calibração era repleta de detalhes que, com certeza, teria dificuldade para lembrá-los sem o que denominava de “memorial”.

Naquela época não havia as máquinas digitais para registrar aquelas imagens das montagens que realizávamos. Era tudo a base do desenho a mão ou fotos, muitas vezes ruins pela qualidade dos equipamentos que tínhamos na época.

Aqueles memoriais nos ajudaram a treinar pessoal, pois continham informações preciosas e relevantes para diversos tipos de calibrações. Ajudaram-nos também a comprovar que era importante não confiar na memória humana, mas documentar tudo que era aprendido pela prática e experiência.

Quando resolvemos montar nossos procedimentos de calibração, visando acreditar o laboratório ao Inmetro, tínhamos muitas informações disponíveis para nos ajudar nesse processo.

Esses antigos “memoriais” me ajudaram a criar uma competência fabulosa que me fomenta até hoje nos treinamentos que ministro, bem como nos artigos que escrevo para a revista.

Agradeço a minha teimosia em ser pragmático e desconfiado em não acreditar que um dia iria lembrar de tudo sem a ajuda das minhas valiosas anotações.

Um abraço,

Gilberto Carlos Fidélis

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Graus Celsius e não Apenas Graus

Minha filha Michelle estava acompanhando a posse do novo presidente dos Estados Unidos pela televisão, na terça feira, dia 20 de janeiro. Nas imagens da CNN aparecia a informação de que a temperatura em Washington-DC estava em 19°.

Ela olhou para mim e disse: "pensei que estava mais frio". Olhei para ela e retruquei:"O valor informado pela CNN é a temperatura na unidade Fahrenheit e 19°F é baixo, é frio, cerca de - 7°C."

Qual foi o problema que levou a Michelle a interpretar a unidade errada da temperatura? Neste caso foi a própria ausência da unidade ou a forma como ela foi escrita. O símbolo "°" (grau) é unidade de ângulo e não de temperatura. Para o Sistema Internacional de Unidades, o correto é falarmos "graus Celsius" que é sempre representado por "°C". Cuidado, utilizar as unidades erradas pode levar alguém a pensar que você não entende nada de metrologia.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Importância da Rastreabilidade

Algumas pessoas se assustam quando comento que um certificado de calibração que não consta a incerteza de medição obtida na calibração do instrumento não é válido para prover rastreabilidade metrológica. E por que não? Porque falta justamente o dado mais importante: a incerteza de medição. Se você ler o conceito de rastreabilidade metrológica verá que a incerteza de medição é fundamental.

Certamente se o usuário não solicitar a informação sobre a incerteza, esta não necessitará ser relatada e isto está previsto na NBR ISO/IEC 17025. Mesmo assim o laboratório que executou a calibração deve avaliá-la, mesmo que não a informe para o cliente.

A confiabilidade dos resultados passa basicamente pela garantia da rastreabilidade metrológica. Lembro-me que há 13 anos coordenei uma reunião de discussão de resultados de uma comparação interlaboratorial realizada com vários laboratórios da América do Sul. Um dos laboratórios participantes apresentou resultados bem diferentes do laboratório de referência. Na reunião o próprio represente deste laboratório concluiu que haviam participado da intercomparação, mas sem rastreabilidade metrológica adequada e que esta era sem dúvida a explicação para a inconsistência dos resultados.

Escolha bem os fornecedores de rastreabilidade!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O uso do Termo Precisão

Em breve será divulgado oficialmente o novo VIM, que será conhecido como o Vocabulário Internacional de Metrologia – Conceitos fundamentais e gerais e termos associados.

O item 2.15 define Precisão de Medição como sendo o grau de concordância entre indicações ou valores medidos, obtidos por medições repetidas, no mesmo objeto ou em objetos similares, sob condições especificadas.

O que mais me preocupa é que o termo Incerteza de Medição veio para substituir o termo precisão. Se analisarmos o novo conceito, temos uma nota muito "safada" que diz: "NOTA 1: A precisão de medição é geralmente expressa na forma numérica por meio de medidas de dispersão como o desvio-padrão, a variância ou o coeficiente de variação, sob condições de medição especificadas".

Ou seja, a precisão poderá ser quantificada, coisa que para mim nunca foi adequado, pois a precisão era um termo que estava em desuso na metrologia e assim sempre defendi.

Na prática quem ainda utiliza muito o termo precisão é o pessoal da área de química, pois infelizmente muitas normas e livros técnicos ainda utilizam nos textos a palavra precisão, que muitas vezes, para os autores, é equivalente ao desvio padrão das medições.

Como você deve conhecer, o desvio padrão da medições, ou uma fração dele, é na metrologia moderna apenas uma das componentes de incerteza do resultado das medições. Em palavras mais simples, a precisão será uma componente de incerteza, mas está longe de ser a própria incerteza.

O que não podemos é voltar no tempo e começar a chamar a incerteza de medição de precisão. Isto seria um retrocesso com prejuizos enormes ao que foi plantado na metrologia desde 1993 com a publicação do Guia para a Expressão da Incerteza de Medição. Por que esse pessoal gosta de complicar?

Abelhas serão usadas para medir a poluição do ar

Medir também é com as abelhas. Veja abaixo o que elas são capazes de fazer para medir a poluição do ar.

A cidade de Córdoba, na Espanha, vai utilizar um sistema "diferente" para estudar a poluição do ar. O novo método deverá utilizar abelhas para verificar os níveis de poluição na atmosfera.

O presidente da Associação de Apicultores de Córdoba, Angel Fernandez, elogiou o lançamento deste método, segundo ele "as abelhas são o termômetro mais próximo da poluição", ele ainda descreveu o sistema como "o melhor" para avaliar a qualidade do ar em Córdoba.

Para iniciar o estudo, colméias são colocadas nos edifícios mais altos e a partir destes lugares, as abelhas entram em contato com plantas, então, os investigadores devem avaliar o animal para verificar a poluição do ar.

A assinatura deste acordo irá permitir a realização de um novo estudo sobre qualidade do ar no município, que é uma das medidas incluídas no Plano de Ação da Agenda 21 de Córdoba.

Especificamente, o estudo irá revelar o impacto da poluição atmosférica na cidade, principalmente os metais pesados como cromo, chumbo e níquel.

O projeto de pesquisa terá a duração de trinta meses a contar da assinatura do acordo e vai produzir mapas com diferentes níveis de biodiversidade para ajudar na gestão ambiental e planejamento do uso da terra.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Medição de pressão no consultório não serve para hipertensivo resistente

É o caso de pessoas que não reagem a três ou mais medicamentos.
Só medições constantes ao longo do dia podem ajudar diagnóstico.

Para pessoas com hipertensão resistente – alta pressão sangüínea que não reage a três ou mais medicamentos –, uma medição de pressão realizada no consultório do médico pode ser um procedimento sem propósito.

Pesquisadores relatam que apenas a pressão sangüínea do ambulatório, leituras tomadas com um dispositivo portátil que mede a pressão em intervalos regulares ao longo de 24 horas, pode prever um futuro problema cardíaco.

O estudo, publicado na edição de 24 de novembro em "The Archives of Internal Medicine", acompanhou 556 pacientes com hipertensão resistente por uma média de cinco anos. Todos tinham sua pressão medida regularmente em consultório e monitorada com dispositivos ambulatórios. Durante o estudo, 19,6% ou tiveram uma ocorrência cardiovascular ou morreram.

Após controlar outros riscos e medicamentos, os pesquisadores descobriram que as medições de pressão em consultórios falharam ao prever qualquer um dessas ocorrências. Uma média maior de medições ambulatórias apresentava prognósticos de ocorrências cardíacas e morte.

Isso significa que medir a pressão em consultório é inútil? “Não”.

As descobertas se aplicam somente à hipertensão resistente.

Calendário de Cursos do CECT

Por solicitação de alguns leitores, seguem abaixo o calendário de cursos do CECT para fevereiro. Os programas dos cursos você obtem clicando nos títulos dos eventos.

Metrologia: Como Garantir Resultados Confiáveis (24 h) 04 a 06 Curitiba

Calibração, Ajuste, Verificação de Instrumentos de Medição (24 h) 11 a 13 Curitiba

Incerteza de Medição em Ensaios (24 h) 16 a 18 Curitiba

Acesse
aqui o calendário para 2009 com uma série de novidades.

A certificação de Pessoas

A acreditação de laboratórios nada mais é do que um atestado de competência técnica para os serviços que compõem o escopo de prestação de serviços de um laboratório. O organismo oficial de acreditação no Brasil é o Inmetro. A acreditação passa então a ser o reconhecimento sobre o nível de qualidade do serviço prestado pelo laboratório acreditado. Objetivo: garantir qualidade de resultados para o cliente.

Semelhantemente a acreditação de laboratório, começa a certificação de pessoas, que não é algo novo, mas que vem crescendo a cada ano. É a oficialização, o reconhecimento, a afirmação da competência técnica de uma determinada pessoa. Objetivo: Garantir competência técnica dos executores no desempenho do trabalho e na solução de problemas para gerar resultados esperados.

Será, com certeza, uma exigência do mercado de trabalho assim com a maioria das empresas exigem que seus prestadores de serviços metrológicos sejam acreditados.

A certificação de pessoas deve propiciar credibilidade e adequado grau de confiança na capacidade do profissional certificado, facilitando seu reconhecimento no mundo do trabalho.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Tamanho de meias terá padrão a partir dessa semana

Quem já não teve dificuldade na hora de comprar um sapato ou uma meia? O número está lá estampado. É o seu. Mas, quando você calça não fica legal. Está apertado demais ou, então, folgado.

Falta um padrão para os produtos. Os fabricantes brasileiros prometem, a partir de agora, seguir um padrão.

A Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) promete padronizar o tamanho das meias a partir desta semana. Em breve, nas lojas, os clientes não vão mais encontrar pares de tamanho único, nem os que servem para muita gente, como um que vai do 38 ao 43.

Os 1,4 mil fabricantes brasileiros vão receber moldes de todas as numerações.

Para saber se o par que pretende comprar está de acordo com a padronização, o consumidor deve procurar no produto o selo da Abravest.

O comprimento dos calçados brasileiros segue o padrão europeu. Mas a fôrma não é igual para todos os modelos. Por isso, agora, a indústria calçadista também estuda um plano para uniformizar a altura dos sapatos.

A Associação Brasileira do Vestuário fez uma pesquisa com 1,3 mil consumidores para saber o que eles esperavam da indústria da moda: 99% responderam que queriam medidas padronizadas nas roupas e calçados.

Essa padronização reduz custos de produção, inibe a importação de artigos de vestuário que estão fora do padrão e pode resultar, num aumento das vendas on-line, já que hoje muita gente não compra roupas pela internet porque tem medo de o artigo que não sirva depois.