quarta-feira, 27 de maio de 2009

O que é um decibel?

Em Minas Gerais temos um cliente que está acreditando um laboratório na área ambiental. Um dos serviços a serem prestados por este laboratório é a medição de ruído. E aí nos foi feito a seguinte pergunta: "O que é um decibel?". Boa pergunta, retruquei e fiquei de apresentar a este cliente uma resposta mais elaborada do que apresentei logo após ter me perguntado. Segue abaixo o que encaminhei ao cliente.


O decibel (abrevia-se dB) é a unidade usada para medir a intensidade de um som. O ouvido humano é extremamente sensível: podemos ouvir tudo, desde a ponta do seu dedo passando levemente sobre sua pele até um motor a jato. Em termos de potência, o som do motor a jato é cerca de 1 trilhão de vezes mais potente do que o menor som audível. Essa diferença é enorme!

O som é uma oscilação na pressão do ar (ou de outro meio elástico) capaz de ser percebida pelo ouvido humano. O número de oscilações da pressão do ar por unidade de tempo definem sua freqüência, enquanto que a magnitude da pressão média define a potência e a intensidade sonora. A freqüência é expressa em hertz (ou ciclos/segundo) e a pressão em pascal (ou newtons/m2), enquanto que a potência é a energia emitida pela fonte sonora por unidade de tempo, expressa em joules/s ou W (estamos usando unidades do Sistema Internacional). A intensidade sonora pode ser definida como potência por unidade de área, expressa em watt/m2. Essas escalas para medida de pressão, potência e intensidade das ondas sonoras são escalas lineares.

Contudo, a pressão, a potência e a intensidade dos sons captados pelo ouvido humano cobrem uma ampla faixa de variação.Por exemplo, um murmúrio irradia uma potência de 0.000 000 001 watt enquanto que o grito de uma pessoa comum tem uma potência sonora de cerca de 0.001 watt; uma orquestra sinfônica chega a produzir 10 watts enquanto que um avião a jato emite 100 000 watts de potência ao decolar. Sendo assim, uma escala logarítmica, como o **decibel**, é mais adequada para medida dessas grandezas físicas. Por este motivo, são usadas as seguintes escalas logarítmicas:

Na escala decibel, o menor som audível (quase que silêncio total) é de denominamos de 0 (zero)dB. Um som 10 vezes mais forte tem 10 dB, um som 100 vezes mais forte do que o próximo ao silêncio total tem 20 dB e conseqüentemente, um som mil vezes mais forte do que o próximo ao silêncio total tem 30 dB. Isso ocorre porque a escala decibel é uma escala logarítmica. Aqui vão alguns sons comuns e seus índices de decibéis:

próximo ao silêncio total - 0 dB
um sussurro - 15 dB
conversa normal - 60 dB
uma máquina de cortar grama -90 dB
uma buzina de automóvel - 110 dB
um show de rock ou um motor a jato - 120 dB
um tiro ou um rojão - 140 dB

Você deve saber, por experiência própria, que a distância afeta a intensidade do som: quanto mais longe, mais potência ele perde. Por isso, é bom esclarecer que todos os índices acima foram medidos enquanto se estava próximo ao som.

Qualquer som acima de 85 dB pode causar perda de audição, e a perda depende tanto da potência do som como do período de exposição. Uma boa maneira de saber que se está ouvindo um som de 85 dB, é quando você tem de elevar a voz para outra pessoa conseguir lhe ouvir. Se você se expuser a um som de 90 dB, por 8 horas, pode causar danos aos seus ouvidos; mas se a exposição for a um som de 140 dB, um segundo já é o bastante para causar danos (e chega a causar dor).

Embora o Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) aceite a sua utilização com o sistema SI, ele não é uma unidade do SI. Apesar disso, seguem-se as convenções do SI, e a letra d é grafada em minúscula por corresponder ao prefixo deci- do SI, e B é grafado em maiúsculo pois é uma abreviatura (e não abreviação) da unidade bel que é derivada de nome Alexander Graham Bell. Como o bel é uma medida muito grande para uso diário, o decibel (dB), que corresponde a um décimo de bel (B), acabou se tornando a medida de uso mais comum.

Decibels ou decibéis?

Esta é uma dúvida que muitas pessoas têm. Segundo o "Novo Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa" (2a. edição Revista e Atualizada), o plural de bel é bels, enquanto para o plural de decibel as duas formas são corretas: decibels e decibéis.

Entretanto, no Brasil, o Decreto Federal No. 81.621 de 03/05/1978 (Anexo 3.2), sobre o Quadro Geral de Unidades de Medidas, estabelece que a forma legal do plural de decibel é decibels.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Importância da Melhoria Contínua


Por Gilberto Carlos Fidélis

As normas de Gestão da Qualidade, como ISO 9001 e ISO 17025, tem cada uma delas, uma seção, curta, mas importante sobre a Melhoria Contínua. Todos nós buscamos, de uma forma ou de outra, nos aprimorarmos continuamente. É o velho ditado sempre vale: hoje está bom, mas amanhã pode não mais estar.

Mas o que é Melhoria Contínua? Segunda a NBR ISO 9000 é atividade regular para aumentar a capacidade de atender requisitos. Complicou? Você pode pensar aqui em algumas coisas:


- É uma atividade regular e, portanto deve ser planejada e cuidadosamente estruturada, pensada e planejada. Também deve estar sendo realizada constantemente e não apenas quando surgem problemas ou não conformidades. Como cita a próprio ISO 9000 o processo (3.4.1) de estabelecer objetivos e identificar oportunidades para melhoria é um processo contínuo, através do uso das constatações da auditoria e conclusões da auditoria, análise de dados, análises críticas pela Direção, ou outros meios e geralmente conduz à ação corretiva ou ação preventiva.

- Aumentar a capacidade de atender requisitos, isto é, realmente deve colaborar para redução de problemas e do número de não conformidades com o tempo. Se o sistema de gestão se torna melhor, obrigatoriamente o número de não conformidades deve ser reduzido a quase zero. E por que não zero? Por causa do fator humano. Não podemos esquecer que não somos perfeitos e que colaboramos, mesmo que de foram negativa, com as atividades sendo executadas.

O objetivo da melhoria contínua de um sistema de gestão da qualidade é aumentar a probabilidade de melhorar a satisfação dos clientes e de outras partes interessadas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

ISO/IEC 17025 – Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração

O grande diferencial desta norma é a exigência clara da competência do pessoal do laboratório, seja para realizar atividades gerenciais ou técnicas.

Podemos ainda destacar sobre a A NBR ISO/IEC 17025:

a) constitui uma base universal para o estabelecimento e desenvolvimento dos sistemas da qualidade (SGQ)em laboratórios: É o passaporte para a acreditação do laboratório ao Inmetro. Não são acreditados laboratórios com outros tipos de SGQ. Por exemplo, se um laboratório tem implementado a NBR ISO 9001, este será obrigado a implantar a NBR ISO/IEC 17025. Não tem outro caminho. Ter implementado a NBR ISO 9001 ajuda, mas não substitui a necessidade de implementar a NBR ISO/IEC 17025.

b) permitem uma linguagem comum entre clientes e fornecedores: Os requisitos estão bem definidos e o cliente pode, conhecendo estes requisitos, cobrar do laboratório o atendimento pleno dos seus direitos de reclamar, entender o conteúdo dos certificados de calibração e relatórios de ensaios, acompanhar uma calibração ou ensaio, desde que acordado com o laboratório, exigir o que foi colocado em contrato para a execução do serviço, entre outros.

c) são sugeridas ou impostas por clientes: Tenho sempre comentado que os laboratórios que não implantarem essa norma nos próximos anos vão ter problemas sérios para sobreviverem. Os SGQ são fundamentais em laboratórios como uma forma de evidenciar a sua competência e a maioria das empresas sabem disso. Alguns anos atrás, ter implantado a ISO 9001 ajudava a vender serviços de metrologia. Hoje não mais. Atualmente os compradores dos serviços sabem que o sistema de gestão adequado aos laboratórios é aquele definido pela NBR ISO/IEC 17025.

d) dão uma imagem externa de empresa organizada: Implantar um SGQ é, na prática, organizar a empresa/laboratório. Não me recordo de um laboratório que não ratificou essa informação ao final da implantação da norma.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Vigilância Sanitária multa médicos por letra ilegível em receita

A norma NBR ISO/IEC 17025 exige que os registros sejam todos legíveis.

A Anvisa tá levando isso a sério. Leia a reportagem abaixo.

Órgão multou três profissionais no valor de R$ 2 mil cada, mais advertência. Médicos terão prazo de 15 dias para apresentar defesa por escrito

A Vigilância Sanitária de Londrina multou nesta semana três médicos que atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) por redigirem receitas com letras ilegíveis. Segundo o coordenador da Vigilância, Rogério Lampe, a multa para cada profissional é de R$ 2 mil e os médicos têm o prazo de 15 dias para apresentar defesa por escrito, a partir da segunda-feira (11). Os profissionais também receberam uma advertência do órgão.

De acordo com Lampe, nos primeiros quatro meses de 2009 a Vigilância recebeu aproximadamente 30 reclamações de pacientes e de farmácias, que não conseguiram entender a letra nas receitas. Dos médicos multados, um foi denunciado pelo próprio serviço municipal de saúde, outro por um paciente e o terceiro por uma farmácia. "Tivemos um aumento significativo das reclamações e de dúvidas na hora da comercializaçã o dos medicamentos, pois nem os farmacêuticos estão entendendo as letras dos médicos e acabam ligando para a Vigilância. No entanto, de todas as reclamações, recebemos apenas três receitas, que serviram de base para autuação", explicou.

O coordenador relata que um dos médicos multados alegou, verbalmente, que a letra ilegível nas receitas se deve ao fato dos pacientes do SUS não saberem ler, por isso não merecem uma letra legível. "É inadmissível que um profissional de medicina fale desta forma, pois ele está colocando em risco a saúde dos pacientes, uma vez que doses erradas podem ser ingeridas", comentou.

De acordo com Lampe, este caso específico será encaminhado para o Conselho Regional de Medicina (CRM), para que o médico possa ser punido. "Ao tomar uma atitude desta, este médico feriu a ética profissional" , disse.

Para realizar as autuações, o coordenador da Vigilância disse que foram levadas em consideração duas leis que regulamentam a prescrição de receitas no Brasil: a Lei 599 de 1977 para medicamentos considerados de linha geral e a Portaria 344 de 1998 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para medicamentos controlados. "Com essa atitude, os médicos estão afrontando a legislação e o usuário. E os casos das autuações têm o agravante de todas as receitas serem de medicamentos controlados, o que aumenta o risco para a saúde do paciente", afirma.

Lampe ressaltou que as fiscalizações serão intensificadas e as pessoas que quiserem denunciar novos casos devem levar a receita até a Vigilância. "Para multarmos precisamos das receitas. Por isso, quem quiser denunciar esta prática deve encaminhar a receita para a Vigilância, que tomaremos as medidas cabíveis", disse.

Segundo o coordenador em caso de reincidência as multas passam para R$ 4 mil, além dos casos serem encaminhados para o Ministério Público (MP), por colocar a saúde pública em risco.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Cube da Metrologia e Qualidade




O Centro de Educação, Consultoria e Treinamento – CECT, referência nacional na Capacitação em Metrologia e Sistemas de Gestão da Qualidade, desenvolveu mais um serviço muito interessante para você: o Clube da Metrologia e Qualidade – CECT

O objetivo do Clube é permitir a troca de informações, experiências e conhecimentos entre profissionais e especialistas da área de metrologia e qualidade.

Veja na figura os benefícios para você ao se tornar membro deste Clube.


Solicite a sua associação ao Clube da Metrologia e Qualidade investindo apenas R$ 68,00/ano.

Esta é uma grande oportunidade para o seu desenvolvimento profissional.

Cordialmente,


Gilberto Carlos Fidélis

Moderador do Clube Metrologia e Qualidade – CECT

cect.com.br

48 3234 3920

48 9977 2827

Dicas sobre o Sistema Internacional de Unidades

Os símbolos das unidades começam com letra maiúscula quando se trata de nome próprio (por exemplo, ampere, A; kelvin, K; hertz, Hz; coulomb, C). Nos outros casos eles sempre começam com letra minúscula (por exemplo, metro, m; segundo, s; mol, mol). O símbolo do litro é uma exceção: pode-se usar uma letra minúscula ou uma letra maiúscula, L. Neste caso a letra maiúscula é usada para evitar confusão entre a letra minúscula l e o número um (1).

Deixa-se sempre um espaço entre o número e a unidade. Exemplo: A velocidade de uma bicicleta é aproximadamente v = 5,0 m/s = 18 km/h.

Os símbolos das unidades nunca são seguidos por um ponto (exceto no final de uma sentença) nem por um “s” para formar o plural.

Quando o nome de uma unidade é escrito por extenso, deve começar com letra minúscula (exceto no início de uma sentença), para distinguir o nome da unidade do nome da pessoa.